A Invenção do amor

Classificação

M/12

 

Num futuro impreciso, o amor está ausente. Foi erradicado. Proibido, perseguido e condenado pela opinião pública manipulada e instigada pelos media, um pequeno surto constitui uma ameaça do tamanho do medo da solidão da angústia/ Um homem uma mulher um cartaz de denúncia/ A rádio já falou A TV anuncia/ É preciso encontrá-los antes que seja tarde/ Antes que o exemplo frutifique Antes/ que a invenção do amor se processe em cadeia.

Partindo do poema homónimo de Daniel Filipe, no centenário do nascimento do autor, “A Invenção do Amor” propõe uma ficção distópica que pretende questionar a forma como nos posicionamos ideologicamente no mundo contemporâneo e a forma como o exercício do direito de liberdade se vê condicionado. Dizemos o amor clandestino como dissidência poética, para dizer a alteridade como dissidência possível. E, apesar da dúvida, dizemos um tempo, talvez presente, em que é preciso trazer no peito, antes da bandeira, o coração.

 

FICHA TÉCNICA

direcção artística Ana Cris

produção executiva Daniela Leitão

gestão de projeto Maria João Ferreira

 

interpretação Ana Baptista, André Pardal, João Vicente

texto Ana Cris, a partir do poema “A Invenção do Amor” de Daniel Filipe

cenografia e adereços José Manuel Castanheira

assistência à cenografia: Dora Salles

figurinos Daniela Leitão

desenho de luz Manuel Abrantes

desenho de som Ignacio García

vídeo de cena e registo Lúcia Pires

coreografia Maria Abrantes

fotografia Alípio Padilha

 

produção Tin.bra – Academia de Teatro

residências artísticas deVIR CAPa

parceiros DST Group; República Portuguesa|Cultura; Teatro Amélia Rey Colaço

agradecimentos Museu Nacional de Arte Antiga; Anísio Franco; João Estrada; Luana Santos